Temas

8.15.2007

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA ENDOVENOSA

É a via onde se tem a mais rápida ação do fármaco administrado, em que há a introdução da medicação diretamente na veia.

Os medicamentos injetados na veia devem ser soluções solúveis no sangue. Podem ser líquidos hiper, iso ou hipotônicos, sais orgânicos, eletrólitos, medicamentos não oleosos e não deve conter cristais visíveis em suspensão.

Deve-se preferir puncionar, inicialmente, membros superiores, evitando-se articulações. O melhor local é a face anterior do antebraço “não dominante”. Sempre iniciando do mais distal para o proximal em caso de acessos mais difíceis, para que não se inutilize um vaso sangüíneo na porção proximal, sendo que havia condições de acesso distalmente.

As indicações são:
- Necessidade de ação imediata do medicamento;
- Necessidade de injetar grandes volumes (hidratação);
- Introdução de substâncias irritantes de tecidos.

As veias da região cefálica costumam ser utilizadas em recém-natos e lactentes. As veias jugulares na região cervical são muitas vezes utilizadas em pacientes com dificuldade de acesso venoso, principalmente nas grandes emergências. Nas Unidades de Terapia Intensiva, para acesso venoso central a veia subclávia, para injeção de medicamentos, para infusão de alimentação parenteral, para acesso venoso central e para monitorização (pressão venosa central, cateter de Swan-Ganz).
Nos membros superiores utilizam-se as veias cefálica e basílica para manutenção de via venosa contínua. A veia intermediária do cotovelo é muito utilizada para coletas de sangue, para injeções únicas de medicamentos. Também podem ser utilizadas veias do dorso da mão (veias metacarpianas dorsais), tanto para injeções únicas. Embora possam ser utilizadas para manutenção de via venosa contínua, deve-se evitar.
Nos membros inferiores podem ser utilizadas as veia safena magna e tibial anterior. No dorso do pé, pode-se utilizar as veias da rede dorsal. Devem ser evitadas devido risco de flebites e embolia. São contra-indicadas em pacientes com lesões neurológicas



TÉCNICA DE PUNÇÃO VENOSA


Reuna todo material necessário em uma bandeja:
- Medicação;
- Bolas de algodão com álcool 70%;
- Seringas com SF 0,9% para lavar o acesso caso esse for mantido salinizado;
- Agulhas de acordo com a finalidade do acesso (scalp, abocath, agulha hipodérmica...);
- Garrote;
- Esparadrapo ou micropore para fixação, se for preciso.
- Dânula ou sililar;
- Equipo e soro em caso de infusões.

Procedimento:

- Lave as mãos.
- Explique o procedimento para o paciente.
- Use luvas de procedimento (não estéril) para sua proteção.
- Apoie o membro superior em um suporte e coloque o garrote acima do local a ser puncionado (aproximadamente 4 dedos acima), para dilatar a veia.
- Solicite que o paciente feche a mão, para melhor facilitar a visualização das veias.
- Escolha a veia apalpando-as. Se estiver rígida, escolha outra.
- Faça anti-sepsia no local da punção com uma bola de algodão com álcool 70%, com movimentos de baixo para cima (sentido do retorno venoso), virando-a a cada movimento.
- Para facilitar a punção, estique a pele para fixar a veia utilizando para isso o polegar da sua mão não dominante.
- Puncione a veia com o bisel da agulha para cima (parte pontiaguda para baixo e o buraquinho da agulha pra cima!), utilizando ângulo de 15º.
- Aspire e, caso venha sangue, solte o garrote e peça para o paciente abrir a mão.
- Verifique se a agulha está corretamente inserida na veia, se existe infiltração subcutânea ao redor, se está ocorrendo hematoma, se não houve transfixação da veia.
- Após estar certo que a agulha está no interior da veia, se for apenas medicação de dose única, injete o medicamento lentamente, retirando o acesso logo em seguida, comprimindo a região com um algodão e mantendo a compressão por 30 segundos. Não reencape a agulha. Despreze o material cortante em local próprio e lave as mãos.

Se for uma punção para manutenção do acesso por mais tempo (até 3 dias) utilizando SCALP:

- A técnica de punção é igual a da punção venosa direta, todavia devemos fazer a fixação do dispositivo, utilizando a técnica que mais se adapte ao caso e local da punção;
- O espaço interno do scalp deve ser preenchido por soro ou com o sangue que reflui da veia, para poder conectar no equipo de soro. Faça a fixação do scalp com esparadrapo, previamente cortado. Certifique-se de que o scalp esta no interior da veia, descendo o frasco de soro.
- Identifique com data e numeração do catéter utilizado (algumas instituições também solicitam que seja anotado o nome do profissional que realizou a punção).



TÉCNICA DE PUNÇÃO VENOSA COM CATETER TIPO ABOCATH

A técnica de punção é igual a das anteriores, com angulação de 15o e agulha com bisel para cima.

- Ao penetrar no interior da veia, veremos que reflui sangue no dispositivo transparente (canhão) do abocath.
- Segura-se o mandril e empurra-se o cateter para o interior da veia até fique complemente introduzido.
- Retira-se o mandril, comprimindo-se a ponta do catéter, sobre a pele, impedindo ou diminuido o refluxo de sangue;
- Conecta-se ao equipo de soro através de uma torneira de 3 vias ou similar.
- Após a punção, deve ser feito o teste de refluxo, para evidenciar que realmente o cateter está no interior do vaso e, então, inicia-se o gotejamento do soro e fixação do acesso.

Veja o vídeo a seguir:



APÊNDICE

PRINCIPAIS ABREVIATURAS UTILIZADAS

ml - mililitro

cc – centímetro cúbico

g - grama

µg ou mcg – micrograma

gt – gota

mgt – microgota

UI – unidade internacional

1 mililitro (ml) = 20 gotas (gts)

1 gota (gt) = 3 microgotas (mgts)

1 mililitro (ml) = 20 gotas (gts) = 60 microgotas (mgts)

Veja também:

ESCOLHA DA VEIA E DO CATÉTER

TIPOS DE DISPOSITIVOS INTRAVENOSOS

TIPOS DE SOLUÇÕES INTRAVENOSAS E COMPLICAÇÕES DO PROCEDIMENTO

TIPOS DE INFUSÃO E PERMEABILIDADE DO CATÉTER

INFUSÃO DE SOROS

4.19.2007

NOVAS MATÉRIAS EM ELABORAÇÃO



AGUARDEM.... LOGO TEM MAIS....

1.20.2007

INICIALIZAÇÃO AOS PRIMEIROS SOCORROS

DEFINIÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS

Primeiros Socorros são os procedimentos realizados de forma imediata e provisória a uma vítima de acidente ou mal súbito. Tem início no local do acidente e dura até o momento em que esta vítima recebe assistência especializada.
Saber fazer o certo na hora certa pode significar a diferença entre a vida e a morte para uma vítima, além de minimizar os riscos de seqüelas e complicações.
A capacidade de observação é fundamental para dar-se início aos primeiros socorros, para determinar quais as áreas de lesão, qual seqüência deverá ser realizada durante o atendimento e qual das vítimas deverá se atendida primeiro. Para auxiliar nestas decisões, utiliza-se a Triagem, que será discutida a seguir.

CLASSIFICAÇÕES NA TRIAGEM

A Triagem tem como finalidade classificar o estado do paciente determinando a prioridade de atendimento. O Sistema de Triagem pode ser dividido em:



AVALIAÇÃO INICIAL

É importante avaliar os seguintes aspectos no momento do acidente:
- O local da ocorrência: É seguro? Será necessário colocar algum tipo de sinalização? Será necessário mover a vítima? Você terá condições de prestar assistência a todas as vítimas? Quais são as mais graves?



- A Vítima: Está consciente? Tenta fazer alguma coisa ou está apontando para alguma parte do corpo?



- As Testemunhas: Caso você não tenha presenciado o acidente, elas poderão fornecer informações importantes.



- Mecanismo da Lesão: Há algum objeto caído próximo à vítima, tais como, moto, bicicleta, andaimes, etc. A vítima estava usando cinto de segurança? Pode ter se ferido no volante do carro?



- Deformidades e Lesões: A vítima está caída em posição estranha? Ela está queimada? Há sinais de esmagamento de algum membro ou amputações?



- Sinais: Há sangue nas vestes ou ao redor da vítima? Ela vomitou? Ela está tendo convulsões?




As Informações obtidas neste processo, que não se estende por mais de alguns segundos, são extremamente valiosas na seqüência dos Primeiros Socorros que se subdividirá em duas partes que estudaremos futuramente. São elas:

- ANÁLISE PRIMÁRIA


- ANÁLISE SECUNDÁRIA


Por Ana Carolina Abrahão Lazarini

TRAQUEOSTOMIA



O QUE É?

Traqueostomia, é o estabelecimento de um orifício artificial na traquéia, abaixo da laringe, indicado em emergências, podendo também ser realizada de forma eletiva.



INDICAÇÕES:

- Entubação prolongada (acima de 10 dias) durante uma enfermidade crítica;
- Estenoses subglótica causada por um trauma anterior
- Obstrução por obesidade ou apnéia do sono (raro)
- Anormalidade congênita da laringe ou traquéia
- Lesões graves de boca o pescoço
- Inalação de fumaça ou vapor corrosivo
- Presença de corpo estranho que obstrua a via respiratória
- Paralisia dos músculos responsáveis pela deglutição, levando a constante broncoaspiração
- Perda da consciência e coma por um período prolongado



Na abertura, é colocada uma cânula (imagem acima), que permite uma comunicação entre a traquéia e a região do pescoço.


A traqueostomia é um procedimento freqüentemente realizado em pacientes necessitando de ventilação mecânica prolongada. A técnica, nestes pacientes, apresenta diversas vantagens quando comparada com o tubo orotraqueal, incluindo maior conforto do paciente, facilidade de remoção de secreções da árvore traqueobrônquica e manutenção segura da via aérea.

O tubo orotraqueal é mais utilizado quando o paciente vai ficar por pouco tempo respirando com ventilação mecânica, como em cirurgias que requerem anestesia geral.

O procedimento da traqueostomia é simples. O pescoço do paciente é limpo e coberto e logo são feitas incisões para expor os anéis cartilaginosos que formam a parede externa da traquéia. Posteriormente, o cirurgião corta o espaço entre dois destes anéis (entre o 3o. e 4o. anél, geralmente), inserindo uma cânula no orifício.



Observe na imagem acima como são facilmente diferenciados os anéis da traqueia.







TÉCNICAMENTE FALANDO...



MATERIAL

Mesa de Trabalho
Rolo para posicionamento do pescoço
Estetoscópio
Luvas esterilizadas e Capote esterilizado.
Fármacos hipnóticos, analgésico e relaxante muscular curarizante.
Campo esterilizado pequeno (mesa de trabaho) e campo esterilizado grande (doente).
Laringoscópio, Lâmina 3.
Sistema de aspiração com sondas esterilizadas.
Compressas pequenas esterilizadas 10x10
Compressas grandes esterilizadas 20x10
Kit de traqueostomia
Pinça hemostática/ Forceps de traqueostomia, ou pinça forte.
Lidocaína a 2% com adrenalina.
Lidocaína gel
Seringa de 10 cc (para o cuff)
Seringa de 20cc (anestésico local)
Agulha 19G
Agulha 23G
Ampolas de soro fisiológico
Fio de sutura 3.0 ou 4.0.

Posicionamento para a cirurgia:

O cliente deve estar em decúbito dorsal com um coxim sob os ombros e o pescoço em extensão.

Anestesia local, mais sedação.

Após a assepsia e anti-sepsia do campo operatório, realiza-se a infiltração anestésica do campo operatório. A incisão deve ser transversal, com 3 a 5 cm, a uma polpa digital abaixo da cartilagem cricóide. Nos casos onde a cartilagem cricóide é palpada na altura da fúrcula esternal, a incisão é realizada a uma polpa digital acima da fúrcula esternal. A incisão prolonga-se na pele subcutânea, até encontrar o plano dos músculos pré-taqueais. A musculatura prétraqueal (esternoióideo e esternotireóideo) é separada na sua rafe mediana e afastada lateralmente.

Uma incisão horizontal é então realizada entre o terceiro e quarto anéis traqueais. Após a abertura da traquéia, o tubo endotraqueal, quando presente, é cuidadosamente tracionado até um nível justamente acima da incisão traqueal, mas não retirado; a traquéia é então aspirada para a remoção de sangue ou secreções, e a cânula traqueal, já previamente selecionada e testada, é introduzida na luz traqueal em sentido caudal e o cuff é insuflado, sendo ventilado e auscutado para constatação do correto posicionamento.

Deve ser feita a imediata checagem de sua posição e perviedade. A ferida é fechada com pontos esparsos, para evitar complicações precoces, como enfisema subcutâneo, abscesso periostômico ou celulite.

Fixa-se a cânula de traqueostomia com uma fita ou cadarço ao redor do pescoço.

Veja abaixo este vídeo muito interessante que mostra a realização de duas traqueostomias:




COMPLICAÇÕES INTRA-OPERATÓRIAS (durante a cirurgia)

Sangramento (controlado com ligaduras e cauterização cuidadosas)

Mau Posicionamento da Cânula. A presença de sangramento, exposição deficiente das estruturas, istmo tireoideano intacto, ou inexperiência podem levar a um posicionamento do estoma, tanto muito alto quanto muito baixo, na traquéia ou, até mesmo, à colocação da cânula no espaço pré-traqueal.     

Podem ser sinais de mau posicionamento:
- Dificuldade na ventilação
- Enfisema mediastinal
- Pneumotórax
- Dificuldade em aspirar através da cânula

O tratamento consiste na imediata remoção e reinserção, ou o estabelecimento da intubação translaríngea e ventilação.

Laceração Traqueal ou Fístula Traqueoesofágica. Pode ocorrer lesão iatrogênica da parede traqueal ou da parede esofágica durante o procedimento. Esta complicação pode ser evitada com uma exposição adequada da traquéia e introdução cuidadosa da cânula.

Parada Cardiorrespiratória. Ocorre devido à perda do controle das vias aéreas, pode ser evitada com a manutenção da intubação translaríngea, até que a realização da traqueostomia seja assegurada e confirmada. 

COMPLICAÇÕES PRECOCES (acontece logo após a cirurgia, até 7 dias)

Sangramento. O sangramento é a maior causa de complicação no período pós-operatório precoce. Normalmente, sangramentos pequenos podem ser controlados com a elevação da cabeceira do leito, troca dos curativos e compressão local. Mas sangramentos maiores devem ser tratados em ambiente cirúrgico, para uma adequada revisão da hemostasia, com ligadura dos vasos sangrantes.

Infecção da Ferida. A traqueostomia é uma ferida contaminada. Entretanto, abscessos periostômicos ou celulite são raros, considerando que a ferida é deixada aberta. E, caso ocorram, são tratados com cuidados locais e antibioticoterapia sistêmica. A antibioticoprofilaxia é contra-indicada.

Obstrução da Cânula. O correto posicionamento da cânula, umidificação dos gases ventilatórios, além de irrigação e aspiração contínuas ajudam a prevenir esta complicação. As cânulas que possuem cânula interna ajudam no manejo desta complicação, pois possibilitam a retirada e limpeza da cânula interna.

Desposicionamento. O desposicionamento da cânula é mais problemático, quando ocorre nos primeiros cinco a sete dias, pois ainda há um trajeto delimitado da pele até a luz traqueal. Fios de reparo deixados nos bordos da abertura traqueal, e exteriorizados, auxiliam no reposicionamento da cânula, especialmente nos pacientes obesos e com pescoço curto.

Disfagia. Alguns pacientes com traqueostomia apresentam queixa de sensação de "bolo na garganta". A disfagia propriamente dita também pode ocorrer, mas em uma proporção bem menor.


COMPLICAÇÕES TARDIAS (ocorrem após 7 dias da cirurgia)

Estenose Traqueal ou Subglótica. A colocação da cânula traqueal próxima à área da glote, que ocorre na traqueostomia realizada no primeiro anel traqueal, pode levar ao edema e eventual estenose subglótica. Já a estenose traqueal é relacionada com a isquemia mucosa causada pela pressão do cuff. Com os cuffs de grande volume e baixa pressão, esta incidência baixou. Entretanto, a traqueostomia prolongada ainda é responsável pela maioria das estenoses traqueais benignas. A estenose traqueal pode ocorrer não só no local do cuff, mas também na ponta da cânula ou no local de abertura traqueal. A maioria dos pacientes com esta complicação tornam-se sintomáticos entre duas a seis semanas após a retirada da traqueostomia. Sintomas iniciais são: dispneia aos esforços, tosse, incapacidade de limpar secreções e estridor inspiratório ou expiratório. É importante frisar que: qualquer paciente com estes sintomas, após algum período de intubação ou traqueostomia, deve ser assumido como portador de obstrução mecânico, até que se prove o contrário.

Fístula Traqueoesofágica. É uma complicação que ocorre em menos de 1% das traqueostomias, porém causa contaminação da árvore traqueobrônquica e interfere na adequada nutrição. Normalmente é devido à excessiva pressão do cuff da cânula contra uma SNG (sonda nasogástrica) rígida.

Fístula Traqueocutânea. Ocasionalmente, um estoma traqueal não fecha espontaneamente após a remoção da cânula traqueal, fato que ocorre, principalmente, com a traqueostomia prolongada. Esta é uma complicação benigna e pode ser tratada com a ressecção do trato epitelial, permitindo, assim, uma cicatrização secundária (reaproximação cirúrgica de bordas).

Dificuldade de Extubação. As causas usuais de dificuldade de extubação são a presença de granuloma ou edema no local do estoma.

Por Ana Carolina Abrahão Lazarini

1.13.2007

OVACE - OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO

Você já ouviu falar desta manobra?

Se ainda não, saiba que ela é muito simples e pode ajudar a salvar muitas vidas.

Digamos que vc se depare com a seguinte situação:

"Você está almoçando com um grupo de amigos...
Subitamente, alguém se engasga. Tenta tossir, mas parece estar seriamente em apuros.
Levanta-se e fica muito agitado levando as mãos à garganta. Não consegue mais falar, parecendo ter alguma dificuldade para respirar."

Isto pode ser um sinal de que o oxigênio não está chegando aos pulmões desta pessoa, o que chamamos de ASFIXIA.

A asfixia é uma causa comum de morte após engasgo com alimentos ou por ingestão de corpos estranhos. É mais comum em crianças, mas pode acontecer também com os adultos.
Pode levar à inconsciência em 2 minutos, lesões cerebrais, após 3 minutos e até à morte!

Alimentos ou objetos podem ser responsáveis pela ASFIXIA. Isso acontece quando estes são engolidos e ao invés de irem para o esôfago (o caminho que o alimento faz), ficam presos antes deste ou pegam o caminho errado (traqueia), que leva o ar para os pulmões. Nestes dois casos o ar é impedido de passar, causando o SUFOCAMENTO ou ASFIXIA (tecnicamente falando "OVACE - Obstrução de Vias Aéreas por Corpo Estranho).

O QUE VC DEVE FAZER QUANDO VÊ ALGUÉM ASFIXIADO OU VC MESMO ESTÁ NESTA SITUAÇÃO E NÃO TEM QUEM LHE AJUDE...

Se a vítima estiver consciente, observe se trata-se de uma Obstrução de Vias Aéreas  LEVE ou GRAVE. 

LEVE: A vítima apresenta tosse violenta e dificuldade respiratória. Neste caso deve-se incentivar a tosse e permanecer atento à vítima, se após expelir o corpo estranho ela voltará a respirar normalmente. Em hipótese alguma deve-se dar líquidos para beber ou comidas para "ajudar" a desengasgar!

GRAVE: Certifique-se que a pessoa esteja realmente com dificuldades para respirar. Alguns sinais são característicos:

- ELA TENTA FALAR E A VOZ NÃO SAI;
- TENTA TOSSIR, MAS TAMBÉM NÃO PRODUZ SOM DE TOSSE
- FICA AGITADA E CONFUSA, LEVANDO AS MÃOS À GARGANTA
- A PELE OU O CONTORNO DA BOCA PODEM MUDAR DE COR, FICANDO ARROXEADAS (o que indica baixa oxigenação do sangue).


Primeiramente entre em contato com o serviço de emergência ou solicite que alguém o faça, enquanto você inicia o socorro, pois algumas vezes você não será capaz de retirar o objeto ou alimento que está "entalado".


Ligue: 
192 (SAMU ou Central de Ambulâncias)
ou
193 Corpo de Bombeiros


SE A VÍTIMA ESTIVER CONSCIENTE

Bata 4 vezes com a mão espalmada nas costas da vítima. Se isso não for suficiente para expelir o corpo estranho, comece a Manobra de Heimlich.



Em adultos e crianças grandes: Coloque-se atrás da vítima, abraçando-a pela cintura, com o polegar voltado para a barriga dela e a outra mão segurando a primeira. Firme os punhos entre as costelas a cicatriz umbilical. Puxe-a em sua direção e para cima, simultaneamente, de forma rápida e vigorosa.



Em vítimas gestantes ou obesas: Quando não é possível abraçar a vítima por trás ou quando isso for contraindicado (no caso de gestantes ou pós-operados, por exemplo), realizar as compressões sobre o externo (o mesmo local onde se realiza massagem cardíaca)





Em crianças pequenas: coloque-á inclinada com a cabeça mais baixa que o corpo, apoiando a região ventral da criança em seu antebraço, como na figura abaixo e dê tapinhas com a mão espalmada em suas costas. Se não resolver, vire-á e tente aspirar delicadamente posicionando sua boca sobre a boca e o nariz da criança.


Se você engasgar e estiver sozinho:: Realize compressões em seu abdome. Caso são consiga empregar a força necessária, posicione-se atrás do espalfar de uma cadeira e colocando-o entre suas costelas e umbigo e solte o peso do corpo sobre ela...



SE A VÍTIMA ESTIVER INCONSCIENTE 

OBS.: O procedimento para vítimas inconscientes foi alterado, não sendo mais utilizado o procedimento abaixo... 


PROCEDIMENTO INCORRETO: Caso a vitima fique incosciente: coloque-a em decúbito dorsal e com a cabeça lateralizada, posicionado suas mãos entre o umbigo e as costelas, realizando compressões em direção a cabeça. Após 4 compressões, verifique se o objeto ou alimento está visível na boca e pode ser retirado.





Quando a vítima desengasgar, observe se ela está respirando normalmente, caso não esteja, realize respiração boca à boca, como explicado em outra matéria.

Procedimento atualizado de acordo com as Diretrizes da American Heart Association:

1. Abrir as vias aéreas da vítima (inclinação da cabeça para trás e elevação do queixo, em casos em que não se suspeite de trauma:
 

Ou com a elevação do mento (queixo) e abertura da mandíbula, caso haja suspeita de trauma:

2. Inspecionar a cavidade oral, retirando objeto se visível ou alcançável;
3. Ventilar uma vez e se o ar não passar, reposicionar a cabeça (pois as vias aéreas podem não ter sido abertas adequadamente);
4.  Ventilar outra vez e se o ar ainda não passar;
5. Realizar 30 compressões torácicas;
6. Após as 30 compressões inspecionar a cavidade oral, retirando objetos, se visíveis e alcançáveis;
7. Realizar uma ventilação, observando se o tórax expande (se o ar entra). Se não entrar, repetir a sequência á partir do item 5, até o ar passar, ou até o socorro chegar e assumir.

Compressão no adulto:



  
Compressão torácica na criança:



Compressão torácica no bebê:




Pra finalizar:
1. Se puder, faça um curso de primeiros socorros.
2. Procure aprender, pois um dia qualquer, você poderá ser útil para alguém.
3. Se achou importante esta informação, repasse-a para os amigos.

GOSTOU? ACHOU ÚTIL? DÊ SUA OPINIÃO... SUGIRA NOVOS TEMAS..

1.11.2007

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÕES POR VIA ORAL



Materiais necessários

Bandeja ou carrinho de medicamentos; ficha do medicamento ou prescrição médica; copo com marcação de medidas ou copo descartável; jarra de água; copo; canudo.



Preparação

Anotar: o nome completo do paciente; Quarto e Leito; nome do medicamento, dose e via de administração; o horário e a freqüência de administração; data da prescrição médica; nome do médico.

Ex: 410 leito 4 - José Maria França - Antak 300mg VO 8h 8/8h Dia 13/12


Procedimento

- Verificar a ficha do medicamento com a prescrição médica;
- Separar ou Preparar o medicamento para administração;
- Colocar o medicamento na bandeja ou no carrinho ao lado da cama;
- Colocar o paciente em posição semi-Fowler ou deitado de lado, certificando-se da identificação do paciente;
- Administrar o medicamento ao paciente em copo com marcação das medidas ou copo descartável de acordo com a instituição;
- Anotar o nome do medicamento, a dose e o horário da administração na papeleta do paciente ou checar prescrição, de acordo com impresso da instituição.



Considerações Especiais

- A ingestão dos líquidos deve ser feita com canudo quando ouver dificuldade de deglutição;
- Em caso de clientes com diagnóstico de Insuficiência Renal Crônica, Anúria, Anasarca ou Edemas, deve se considerar a quantidade de líquido administrada, anotando-se todo o volume no prontuário para controle de ingestão;
- As pílulas, cápsulas ou tabletes devem ser ingeridos com água; em alguns casos, os medicamentos necessitam ser diluídos em água.
- Quando o valor total do comprimido for fracionado, este deverá se diluido e a quantidade prescrita administrada. Caso seja indicada a guarda da fração restante, esta deverá ser feita em seringa graduada e anotada identificação na seringa com: Nome do medicamento, miligramagem, valor de água com que foi diluido e quantidade de solução restante na seringa.
- Os remédios nao devem ter contato com a umidade da mão ou qualquer outra forma de umidade (por isso algumas instituições orientam a abrir os envolovros apenas no memento da administração), pois esta pode alterar sua estrutura químico-física, alterando também sua eficácia!